terça-feira, 29 de novembro de 2011

Peti de Pirambu promove reunião com mães das crianças cadastradas


Reunião desta terça-feira aconteceu na própria sede do programa
 Mães do município de Pirambu, que possuem filhos no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), participaram nesta terça-feira, dia 29, de uma reunião, cujo objetivo foi esclarecer o funcionamento do Peti. Além da coordenação e da equipe de educadores do programa, o encontro contou com a presença de representantes do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Conselho Tutelar, Ministério Público Estadual e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Segundo a coordenadora do Peti de Pirambu, Aldaci Quartezani, a reunião foi convocada para que as mães, ao entenderem o funcionamento do programa, reconheçam a importância de manter a frequência das crianças cadastradas. “Cumprimos uma função socioeducativa e queremos os pais e responsáveis como parceiros”, ressaltou Aldaci, acrescentando que o Peti do município tem hoje cerca de 130 cadastrados, com idade entre 6 e 15 anos.

“Antes, logo quando começou, o serviço se propunha a atender somente crianças e adolescentes em situação de risco relacionada ao trabalho infantil ou às drogas. Hoje, além desse público, trabalhamos com qualquer criança vinculada ao programa Bolsa Família, dentro da faixa etária estabelecida”, explicou a coordenadora. Segundo ela, as atividades acontecem de segunda a sexta-feira, nos dois turnos, e incluem recreação, música, capoeira e outras modalidades esportivas.

Mães puderam tirar dúvidas sobre o funcionamento do Peti
Trabalho infantil

Um dos problemas levantados durante a reunião foi a ausência de crianças registrada todas as sextas-feiras pela manhã, fato que, segundo o Conselho Tutelar, está relacionado à utilização de mão-de-obra infantil na feira livre da cidade. “Essa situação não foi constatada somente no Peti. Nas escolas do município, a gente também tem verificado que muita criança deixa de assistir aula para fazer frete com carrinho de mão na feira”, relatou o conselheiro Félix Alexandre.

Sobre o assunto, também falou o promotor de Justiça, Paulo José Francisco Alves Filho. “Não podemos aqui acusá-los de submeterem teus filhos a esse tipo de trabalho, mas são vocês os responsáveis legais e, portanto, serão vocês as pessoas chamadas para responder pelo problema”, advertiu as mães, acrescentando que, embora alguns pais considerem que esse tipo de trabalho não faz mal à criança, já que sempre trabalharam desde cedo, nenhum deles quer que seus filhos repitam sua trajetória de vida.

Para o promotor, é preciso que os pais entendam que o único caminho para uma melhoria de vida é o estudo. “Sabemos que, devido aos problemas na educação pública, muitas pessoas desacreditam na escola, mas esses problemas devem ser enfrentados. Os pais devem brigar pelo direito de seus filhos: o direito de ter uma educação de qualidade, para que futuramente eles se tornem profissionais capazes de ter e de dar uma condição de vida melhor para vocês”, finalizou o representante do Ministério Público.

Promotor de Justiça fez alerta sobre as responsabilidades dos pais
Bolsa Família

Na ocasião, a assistente social do CRAS, Mônica Teles, e o coordenador do Cadastramento Único (CadÚnico) no município, Márcio José Menezes, explicaram as recentes mudanças no programa Bolsa Família. Entre as novidades, está a expansão do benefício para mais dois membros da família com idade entre 0 e 15 anos. “Antes, embora o titular da família tivesse a obrigação de cadastrar todos os filhos, o benefício somente contemplava até três crianças. Agora, esse número subiu para cinco”, esclareceu Márcio Menezes.

A importância da atualização dos dados no CadÚnico também foi destacada. “Qualquer mudança deve ser informada, seja de endereço, escola. O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, ou seja, não há repasse de verbas para o município, pois o dinheiro é depositado pelo governo federal na conta do responsável, e somente ele pode efetuar o saque. A nós, da prefeitura, cabe orientar, cadastrar e garantir que nenhuma família deixe de receber o benefício por problemas de âmbito municipal”, ressaltou Mônica Teles.

Informações sobre o Bolsa Família também entraram na pauta

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